domingo, 26 de dezembro de 2010

Reflexão sobre o professor esfaqueado...‏

Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!). A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro. O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares. Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática. No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando... E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.” Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno–cliente... Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”. Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.






Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:





EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;



EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos” e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;



EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;



EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;



EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;



EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;



EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;



EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com

segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;



EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;



EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;



EU ACUSO os “cabeças–boas” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,



EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;



EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.



EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;



EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;



Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos-clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia. Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”. A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.” Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.





Igor Pantuzza Wildmann



Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Decepções

Hoje passei por dois momentos que me chatearam, como sempre chateiam quando vivencio situações parecidas. O pior é que foi basicamente a mesma coisa em dois lugares diferentes: comentários sobre homossexuais.
Fico ouvindo as pessoas falarem não ter nada contra quem é homossexual ou bissexual, mas no fundo, às vezes até nem tão no fundo, o preconceito está ali. Logo após ouvir o "eu não tenho nada contra, não é por isso que eu deixaria de gostar da pessoa ou de ser amigo dela" vem o "mas eu não quero ficar sozinho perto de fulano, porque descobri que ele é gay..." e por ai vai.. tudo dai pra baixo.
Por que as pessoas não admitem que são SIM preconceituosas e MUITO?? Isso me irrita tremendamente.
Acho que hoje em dia, muitas pessoas são apenas mais polidas quando se trata desse assunto porque, agora, é politicamente incorreto falar mal de pessoas com outras preferências sexuais, ou de crença, etc. Mas em muitos casos isso só acontece por isso mesmo: porque é politicamente incorreto falar mal ou assumir que não gosta daquilo que é visto como minoria, ou como diferente.. no fundo o preconceito continua existindo, as pessoas continuam, de alguma forma, segregando os que são diferentes ou que julgam ser diferentes.. e dão a isso outras desculpas, que não a do preconceito.
Eu não digo que eu não tenha preconceitos também, eu os tenho porque é algo muito arraigado.. nascemos em uma sociedade repleta de preconceitos e temos a escolha de combatê-los ou de aceitá-los e perpetuá-los.. então, desde muitos anos, eu tenho me esforçado em combater os preconceitos que me foram legados pela nossa sociedade e pela nossa cultura. Hoje, na maioria dos casos, eu faço isso de forma automática, a ponto de achar absurdo quando percebo o preconceito no outro.. mas não é fácil, eu sei.. sei que é difícil, pra muita gente, combater uma forma de pensar que foi herdada de outras gerações, mas também sei que isso não é desculpa para não se tentar melhorar e para continuar cometendo os mesmos erros que nossos pais, avós, bisavós, etc cometeram.
Quantas gerações ainda serão necessárias para que ter preconceito contra algo ou alguém seja a acessão à regra, e não a regra em si??


                                          

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Observações interessantes... para mim pelo menos heheheh

Eu comecei a ler, cerca de  4 dias atrás, um livro sobre o Romantismo, assunto que muito me interessa.. e resolvi postar aqui um trecho relativamente longo, mas com o qual eu concordo, em especial nas partes que destaquei em negrito. Fora isso, queria fazer uma observação sobre o Goethe e o Schiller, ao contrário do que eu disse no último post, se não me engano, eles não parecem ser apenas cabeçudos.. por algumas coisas que li nesse livro parece-me que eles eram meio brincalhões, às vezes.. hehe (me sentiria mal se não relativizasse o que disse, mesmo sabendo que isso pouco importa).
Lá vai o trecho ao qual me referi:

“(...)


Mais ou menos na mesma época em que Goethe escolhe a literatura como salvação contra a revolução e os românticos ainda a celebram com entusiasmo, Schiller sente-se por ela coagido a criar uma teoria estética moderna. Ele se transforma no iniciador das subsequentes tentativas românticas de incluir a revolução no mundo filosófico-literário, não apenas como tema, mas também como princípio produtivo. Em outras palavras: a teoria schilleriana do jogo, de 1794, é o prelúdio da revolução literária romântica em torno de 1800.

Schiller também tinha, inicialmente, abraçado a revolução, mas então sentiu-se repelido pelo modo como esta se desenrolou. Pouco antes dos assassinatos do mês de setembro de 1792 — quando quase duas mil pessoas foram abatidas pela plebe parisiense, depois de o rei ter sido executado —, ele havia começado a conceber uma terapia estética que deveria ajudar a tornar as pessoas aptas à liberdade. Que elas não o são, segundo Schiller, havia sido provado suficientemente pêlos excessos da revolução: "instintos sem lei e brutos" teriam sido liberados "depois da dissipação da ordem social", e se teriam "apressado com ira incontrolável em direção à sua satisfação animal”. Não eram, pois, homens livres que haviam sido oprimidos pelo Estado. Não. Eram apenas animais selvagens que ele havia colocado em correntes curadoras. Como resposta à Revolução Francesa, Schiller faz a ousada tentativa de superar a França revolucionária com uma revolução alternativa, uma revolução do espírito. Somente o jogo das artes, para ele, poderia verdadeiramente tornar o homem livre. Em primeiro lugar interiormente, e mais tarde — quando a situação na Alemanha tivesse amadurecido — também exteriormente. Ele colocava grande esperança no efeito libertador da arte e da literatura. A primeira geração dos românticos irá se apoiar nessa valorização ímpar do estético.

Schiller denomina a Revolução Francesa um momento frutífero que aconteceu a uma raça infértil. Infértil porque não era livre por dentro. Mas o que significa ser livre por dentro? Não devemos ser dependentes dos desejos; não importa se os perseguimos de maneira crua e primitiva ou com o refinamento da civilização. De qualquer maneira, o homem permanece sob o comando da natureza, sem poder controlar a si próprio. Mas não vivemos nós numa era do Iluminismo e da ciência, num período do florescimento do espírito livre e pesquisador? Não, diz Schiller, não se deve superestimar as atuais conquistas. O Iluminismo e a ciência se mostraram apenas como urna cultura teórica, uma coisa externa para bárbaros por dentro. A razão pública ainda não tocou o âmago da pessoa, nem o transformou. O que deve ser feito? O único caminho para a libertação do homem interior não é a luta política pela liberdade exterior? Só se aprende a liberdade quando se luta politicamente por ela. É isso pelo menos que Fichte e outros amigos da liberdade vão opor contra Schiller, que rejeita o conceito do learning by doing, como se diria hoje em dia. Seu argumento é: quando se enfraquece ou até mesmo se desfaz muito cedo a garra autoritária do Estado (do Estado natural) por meio da luta política, as consequências inevitáveis são a anarquia e a multiplicada violência e arbitrariedade dos egoísmos: A sociedade livre, em vez de projetar-se em direção à vida orgânica, tomba de volta ao elementar. Tem-se de, no lugar disso, abrir ao homem um campo de exercício da liberdade; tem-se de — enquanto o Estado natural ainda persiste em garantir a existência física do homem — criar os fundamentos espirituais sobre os quais se pode criar futuramente o Estado livre. Não se pode primeiro destruir o mecanismo do Estado e em seguida querer inventar um novo; tem-se, pelo contrário, de trocar a roda enquanto em movimento.

Mas por que essa troca da roda em movimento — essa revolução na maneira de pensar — poderia ser gerada exatamente pela arte e pelo trato com ela? Porque é através da beleza que se chega à liberdade. Pode-se certamente dizer — e Schiller o faz — que a bela arte educa e aprimora os sentimentos. Essa seria a sua contribuição à civilização. Mas ele não se dá por satisfeito com isso. O mundo estético não é apenas um campo de exercício para o refinamento e enobrecimento dos sentimentos, mas o lugar onde o homem se torna explicitamente aquilo que ele sempre é implicitamente: um homo ludens.

É apenas na décima quinta das suas cartas, Sobre a educação estética do homem [Über die ästhetische Erziehung des Menschen], que se encontra aquela frase na qual culmina o teor desse tratado, e da qual tudo advém que é importante para Schiller em relação ao belo na arte. Trata-se de uma tese cultural e antropológica com vastas consequências para a compreensão da cultura em geral e do moderno em especial: uma tese com a qual Schiller justifica bem sua exigência de curar a doença da cultura pela educação estética. Essa famosa tese é: "Para dizê-lo de uma vez por todas, o ser humano brinca apenas onde ele corresponde plenamente ao conceito do ser humano, e ele é apenas completamente humano quando brinca.”

Que jogos? Naturalmente que para ele são primordialmente os jogos da bela literatura e da arte. Mas insinua que nisso toda a civilização está em jogo — porque ela mesma também é um jogo, isto é, uma instituição que transforma um número possivelmente grande de casos sérios em ações lúdicas que os substituem, ou pelo menos possibilitam um trato distanciado com eles. Schiller é um dos primeiros a mostrar que o caminho da natureza para a cultura passa pelo jogo — e isso significa rituais, tabus, simbolizações. A seriedade dos instintos — sexualidade, agressão, concorrência e inimizade — e os medos da morte e da doença e do declínio perdem algo da sua força subjugadora e limitadora da liberdade. Assim, a sexualidade é sublimada como jogo do erotismo, com o que ela para de ser apenas animal e se torna verdadeiramente humana. A isso pertencem então os disfarces, artimanhas, o adorno e as ironias no jogo, através dos quais ocorre aquela magnífica duplicação: gozar o gozo, sentir o sentimento, amar a paixão; ser ao mesmo tempo ator e espectador. Tal jogo é que permite a intensificação refinada, enquanto o desejo se apaga na satisfação e com isso se direciona funestamente ao ponto morto: post coitum omne animal triste. A sexualidade é desejo e proliferação. O erotismo, porém, abre todo um mundo de significados.



O jogo abre espaços livres. Isso também vale para a violência. A cultura tem de contar com ela e com ela "jogar", por exemplo, na competição ritualizada, na concorrência, nas disputas de oradores. O universo simbólico da cultura oferece um alívio no que concerne aos casos sérios de morte e extermínio mútuo. Ele torna a vida dos homens em comunidade — esses animais perigosos — vivível. A máxima da cultura é: onde existia seriedade, deve haver jogo.

Evidentemente teremos de continuar com nossos negócios seriamente, atando relações e cuidando delas, arcando com nossas tarefas. Mas tudo depende de estabelecermos um espaço lúdico em relação aos instintos e afetos que nos dominam.

Disso também faz parte a independência em relação a meras considerações sobre a utilidade das coisas. A sociedade burguesa, diz Schiller, vive mais do que nunca sob o imperativo da utilidade. Ele a descreve como um sistema fechado da racionalidade do útil e da razão instrumental, como uma máquina social, quase como aquele invólucro de aço tal qual Max Weber a descreverá cem anos mais tarde. "A utilidade", escreve Schiller, "é o grande ídolo da época, a quem todas as forças devem alimentar e todos os talentos devem honrar. Sobre essa grande balança, o ganho espiritual da arte não tem peso nenhum, e, roubada de toda motivação, ele desaparece diante do mercado barulhento do século".

Com a ajuda da arte pode-se aprender que as coisas mais importantes da vida — o amor, a amizade, a religião e mesmo também a arte — têm a sua utilidade em si mesmas, que elas em si não fazem sentido porque funcionalmente estão a serviço de alguma outra coisa. O amor quer o amor, a amizade quer a amizade e a arte, a arte; outros fins são realizados paralelamente, é lógico, mas isso não deve ser intencional. Uma amizade calculada não é uma amizade, e uma arte em função da utilidade social também não é arte. A arte é, como todo jogo, autônoma. Ela tem regras, mas as dá a si mesma. Só pode condescender nos casos sérios, quando se leva a sério. Contrariamente à utilidade geralmente reconhecida, ela tem dentro de si seu próprio fim; é pois estática, como, por exemplo, a religião, à qual se deixa de conhecer no momento em que se a limita funcionalmente a um papel social. Só quando a arte — assim como a religião — quer a si própria pode acontecer que ela, de certa forma involuntariamente, sirva à sociedade.


A arte é, pois, em primeiro lugar jogo, em segundo autonomia e, em terceiro, ela compensa aquilo que Schiller analisa como a deformação específica da sociedade burguesa: o sistema de distribuição de empregos. Hölderlin, Hegel e mais tarde Marx, Max Weber e Georg Sirnmel vão recorrer à sua análise. Não há nenhuma perspectiva sobre a sociedade naquele tempo que tenha tido um impacto maior do que a dele. A sociedade moderna, escreve, fez progressos na área da técnica, da ciência e do artesanato em consequência da divisão de trabalho e da especialização. Na mesma proporção em que torna-se mais abastada e complexa como um todo, ela deixa que o indivíduo empobreça em relação ao desenvolvimento dos seus talentos e forças. Na medida em que o todo se mostra como uma totalidade rica, o indivíduo deixa de ser aquilo que ele, de acordo com um pressuposto idealista da Antiguidade, deveria ser: uma pessoa como pequena totalidade. Em vez disso, encontram-se entre os homens de hoje apenas fragmentos, o que faz com que se "tenha de perguntar de indivíduo a indivíduo, para reconhecer a totalidade da raça". Cada um conhece apenas seu ofício especial, seja ele um ofício material ou espiritual. A política também transformou-se num ser maquinário de especialistas do poder; ela não está mais arraigada no mundo da vida, nem é expressão orgânica do poder concentrado de indivíduos: " O prazer foi separado do trabalho, o fim do meio, o esforço da recompensa. Eternamente preso a um único pequeno fragmento do todo, o homem se forma apenas corno fragmento. Ouvindo eternamente o barulho da roda que põe em movimento, ele jamais desenvolve a harmonia do seu ser, e em vez de imprimir humanidade à sua natureza, ele é apenas uma cópia do seu negócio.”

Mas, em oposição aos sonhos de Rousseau sobre um passado melhor, Schiller insiste que "por menos que o indivíduo possa sentir-se bem sob esse esmigalhamento do seu ser, a raça não teria podido fazer progressos de outra forma". Para desenvolver a inclinação da raça como um todo, não havia aparentemente nenhum outro meio senão o de dividir os indivíduos e mesmo opô-los uns aos outros. Ele denomina o "antagonismo das forças” como o "grande instrumento da cultura", para realizar no todo social a riqueza das forças humanas e para perdê-la na grande massa dos indivíduos. Nessa análise, Hölderlin encontrará a chave para
a compreensão da sua dor em relação ao presente. Em Hipérion, ou O eremita na Grécia [Hyperion] lemos: "Você vê operários, mas nenhum ser humano; pensadores, mas nenhum ser humano [...] isso não é como o campo de batalha, onde mãos e braços e todos os membros estão misturados uns aos outros, enquanto o sangue vital escorre na areia [...] Mas isso seria suportável, não tivessem os homens que ser insensíveis em relação a toda a beleza da vida [...]"

O esmigalhamento e a mutilação explicam para Schiller porque, na França, o Iluminismo tenha se tornado pura ideologia como cultura teórica, e que finalmente até se mostre — como vemos no exemplo de Robespierre — o terror da razão, indo não apenas contra, as antigas instituições, mas também contra a crença no coração dos homens.

O jogo da arte deve — quando não superar — pelo menos compensar essa lesão cancerígena na sociedade trabalhista que torna o homem um fragmento, uma mera cópia do seu negócio. O jogo da arte estimula o homem a jogar com todas as suas forças — com a razão, o sentimento, a imaginação, a memória e a expectativa. Esse jogo livre liberta o indivíduo das limitações oriundas da divisão do trabalho. Permite a ele, que sofre por causa do esmigalhamento, tornar-se algo inteiro, uma totalidade menor, ainda que apenas no momento de tempo pré-estabelecido e na área limitada da arte. No prazer do belo, ele experimenta o gosto de uma plenitude que, tanto na vida prática quanto no mundo histórico, ainda estão por vir.

Schiller esperava pois muito da educação estética, e gerou uma até então desconhecida valorização da arte e da literatura.

A nova consciência da autonomia artística, o estímulo para o grande jogo e para a sublime inutilidade, a promessa de uma totalidade menor — tudo isso deu energia ao Romantismo, cuja primeira geração tem então sua estréia.” (SAFRANSKI, Rüdiger. Romantismo: uma questão alemã. São Paulo, Ed. Estação Liberdade, 2010, p. 41,42,43,44,45,46.)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre
haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém." (John Lennon)

Lendo esse texto do Lennon, que uma amiga me passou, fiquei aqui pensando com meus botões.. isso tudo faz muito sentido em minha cabeça, mas não o faz em meu coração. Então eu me pergunto: o que fazer para sentir, e não só saber, que deveria ser assim e que de fato será assim?
Sinto-me tão cansada de "bater com a cabeça na parede".. O medo de me relacionar já se tornou inerente, à minha pessoa, depois de todas as "porradas" que levei na vida.. então fico temerosa, e ainda não sei se fico temerosa DEMAIS ou se estou na medida certa.. mas tenho medo até de tentar descobrir. Vou tateando devagar perante novas possibilidades e receio, um dia, assim como no texto do Kafka, descobrir que determinada porta, perante a qual me prostrei por medo ou comodidade ou qualquer outra atitude impotente, fosse reservada a mim, não apenas no sentido de me relacionar com alguém, porque realmente, como disse Lennon, não temos apenas uma opção de amor na vida, eu, por exemplo, já tive alguns grandes "amores", mas num sentido mais abrangente, uma porta que me possibilitasse algumas felicidades (nessa vida onde a felicidade é tão rara e por isso mesmo tão preciosa) e que, por um medo meu, permaneceu e permanecerá fechada.. velada pela figura imponente (ou não) do porteiro..
Esse post começou como um desabafo de um coração já muito machucado.. mas agora eu percebo que meu desabafo vai além dos relacionamentos, é um desabafo sobre a vida, e sobre os medos que nos paralizam.. sobre as experiências que nos traumatizam, sobre as pessoas que nos tolhem de muitas formas.
É em momentos assim que minha vontade é a de gritar em pânico.. como no famoso quadro do Munch.


domingo, 14 de novembro de 2010

Guns N' Roses - Don't Cry

Skid Row - Slave To The Grind (lyrics - subtitulos)

opaaaaaaa!

Bruce Dickinson - Tears Of The Dragon

David Bowie - Absolute Beginners



Absolute beginners

I've nothing much to offer
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
And I'm absolutely sane
As long as we're together
The rest can go to hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same

If our love song
Could fly over mountains
Could laugh at the ocean
Just like the films
There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true

Nothing much could happen
Nothing we can't shake
Oh we're absolute beginners
With nothing much at stake
As long as you're still smiling
There's nothing more I need
I absolutely love you
But we're absolute beginners
But if my love is your love
We're certain to succeed

If our love song
Could fly over mountains
Sail over heartaches
Just like the films
There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true



(acho que já postei essa letra, mas "reposto")

David Bowie - The Man Who Sold The World

Labyrinth - As The World Falls Down (David Bowie)

Amo amo amo amo! Uma das mais belas músicas de todos os tempos!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A polêmica sobre o aborto e alguns pontos de vista

Eu não sou católica e admito até ter certas birras com pessoas extremamente religiosas (sejam católicas, protestantes, espíritas, evangélicas, etc) porque não tenho a menor paciência com o extremismo ideológico adotado por muitas delas, mas, justamente por isso, acredito ser válido repassar os links de uma entrevista que assisti, e que achei muito interessante, a respeito do aborto, questão que deu todo aquele bafafá durante as eleições. Assista quem quiser e reflita se possível (não deixa de ser válido).

http://www.youtube.com/watch?v=xMPLGHSvkuw&feature=player_embedded

http://www.youtube.com/watch?v=yzHaOM_RX_E&feature=related

Achei interessante postar também o link de uma reportagem feita pelo CQC. Nele, dá para perceber que o fanatismo religioso e a alienação que muitas vezes ele gera são como pragas, não importa em que(m) você acredita, a menos que você seja uma pessoa reflexiva, corre o risco de "pensar" e de reproduzir asneiras (como fez o pastor pentecostal entrevistado). Por outro lado, se você tiver o mínimo de discernimento e de bom senso, pode dizer coisas interessantes e defender ideias tolerantes, como o fizeram as representantes da ONG Católicas pelo Direito de Decidir. Mas é claro que ninguém precisa dizer "amém" (com todo o poder da ironia no uso dessa palavra neste contexto) para o que elas ou quaisquer outros disserem.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Um pouco de lirismo...

Como eu não tenho escrito nada por aqui e só tenho postado videos, resolvi mudar um pouco o padrão e deixar um textinho bem mais interessante do que qualquer outra coisa que eu poderia escrever.


"Há bens inalienáveis, há certos momentos que, ao contrário do que pensas, fazem parte da tua vida presente e não do teu passado. E abrem-se no teu sorriso mesmo quando, deslembrado deles, estiveres sorrindo a outras coisas."


Mario Quintana

quinta-feira, 4 de novembro de 2010


"Não há quem não feche os olhos ao comer, não há quem não feche os olhos ao cantar a música favorita, não há quem não feche os olhos ao beijar, não há quem não feche os olhos ao abraçar. Fechamos os olhos para garantir a memória da memória. É ali que a vida entra e perdura, naquela escuridão mínima, no avesso das pálpebras. Concentramo-nos para segurar a dispersão, para segurar a barca ao calor do remo. O rosto é uma estrutura perfeita do silêncio. Os cílios se mexem como pedais da memória. Experimenta-se uma vez mais aquilo que não era possível. Viver é boiar, recordar é nadar. Escrevo na água, no vento da água. O passado sem os olhos fechados é como uma roupa enrugada. Sem corpo. Sem as folhas dos plátanos."
Fabrício Carpinejar

Uma amiga me mandou esse texto pelo orkut.. eu o achei tão bonito e verdadeiro, que resolvi colocá-lo aqui.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Goethes Erben - vermisster Traum

SOPOR AETERNUS: "In der Palästra" (clip)

Tilo Wolff - Christian Dörge - Der Satyr (Subtitulos en español)

Mystische Rosenmadonna (1995) - Christian Dörge

Christian Dörge - Tilo Wolff - Mística Rosa Madre

Joachim Witt - Wo Versteckt Sich Gott (VNV Nation remix)

Abendrot Joachim Witt-Tilo Wolff

Christian dorge - Tilo Wolff - Weltschmerz (Subtitulos en español)

Goethes Erben- Kopfstimme

Amei!!!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Tilo Wolff - DJ (Halloween in Moscow) 31.10.2010

If I fell

If I fell

The Beatles
Composição: John Lennon / Paul McCartney

If I fell in love with you,
Would you promise to be true
And help me understand?
'Cause I've been in love before
And I found that love was more
Than just holdin' hands.
If I give my heart
To you,
I must be sure
From the very start
That you
Would love me more than her.
If I trust in you
Oh, please,
Don't run and hide.
If I love you too
Oh, please,
Don't hurt my pride like her
'Cause I couldn't stand the pain
And I
Would be sad if our new love
Was in vain.
So I hope you see
That I
Would love to love you
And that she
Will cry
When she learns we are two
'Cause I couldn't stand the pain
And I
Would be sad if our new love
Was in vain.
So I hope you see
That I
Would love to love you
And that she
Will cry
When she learns we are two.
If I fell in love with you.

Alguns trechos dessa música são exatamente o que eu gostaria de dizer para a próxima pessoa por quem eu vier a me apaixonar.. pena que nunca vale a pena se abrir tanto assim para alguém e eu descobri isso da  pior forma nos últimos anos.

sábado, 23 de outubro de 2010

Esse post serve para homenagear a tudo e todos que fazem meu coração se encher de amor..
No caso, a homenagem vai especificamente para o Lacrimosa, novamente.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Hypocrisy - Roswell 47 (Live @ Sao Paulo, Brazil 2010).MP4



Grande show!! Seu único defeito foi o de ter sido na noite posterior ao do Lacrimosa.. e eu estava o pó de tão cansada.. mas foi muiiiiiiito bom mesmo assim.

HIM - Join Me In Death



Eu sei que isso é bem menininha.. mas o fato é que o Ville me proporciona um prazer totalmente estético hehe

HIM - The Funeral Of Hearts



adoro HIM :~~~

DIARY OF DREAMS-She and Her Darkness



Eu ABSOLUTAMENTE amo essa música.. é uma de minhas preferidas, sempre....

She And Her Darkness
Diary of dreams


My heart weights minimum a ton
An army's feet pounding on my head
Maybe I'll wake up one day to notice
that all my life was just a dream...

And maybe I'll be better off without you
You left me here with all my thoughts
I'd write a zillion words or walk a million miles
I'd sleep on broken glass just not to lose your smiles

I travel for you around the world
Collecting moments, o how absurd
To bring you beauty, to bring you joy
I wish I'd be a little boy

Where is that silence you primised me?
Why is that distance so close to me?
Why is your violence still hurting me?
Why are your eyes avoiding me?

Let me say thank you for all that you have given me.
Thank you for everything you've done.
Forgive me for saying one last thing:
I miss you and I hope you hear this song!

I travel for you around the world
Collecting moments, o how absurd
To bring you beauty, to bring you joy
I wish I'd be a little boy

I'm dying for you, can't you see?
I'm lying for you to be free!
I hunger for you, 'cause I can't eat!
I'd vanish for you in defeat!

Temple of Love (extended) [HQ] Sisters of Mercy

This Corrosion (Extended 10 min) -Sisters of Mercy [HQ]

Lacrimosa in Brasil 2010 - Live in São Paulo 21.09.2010 (Fragments)



Queria que noites como essa durassem eternamente.. ou que as coisas boas como as dessa noite se repetissem com maior frequencia.....

Lacrimosa 2010 em São Paulo



Ich liebe Lacrimosa

Carcass Heartwork São Paulo 2008



:~~~~~

Depeche Mode - It's No Good (Single Version) (2006...



amooooo

domingo, 10 de outubro de 2010

Adeus vô!


É difícil pensar que um tombo pode matar alguém e foi por causa de um tombo, justamente, que ontem eu perdi meu avô.
Ainda não me conformo com tudo o que aconteceu e com a forma como aconteceu.. ele sofreu tanto da hora que caiu até ir para a UTI.. isso é o que mais me parte o coração!
Vou sentir saudades do senhor, vô.
Onde quer que o senhor esteja, se estiver em algum lugar, nunca se esqueça de que eu te amo demais.
É um adeus difícil esse, muito difícil..
O senhor sempre estará no meu coração.
Até logo, seu Bibi.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ich Verlasse Heut Dein Herz

Ich Verlasse Heut Dein Herz
Lacrimosa
Composição: Tilo Wolff


Ich Verlasse Heut Dein Herz
Ich verlasse heut' dein Herz
Verlasse deine Nähe
Die zuflucht deiner Arme
Die Warme deiner Haut
Wie Kinder waren wir
Spieler, Nacht für Nacht
Dem Spiegel treu ergeben
So tanzten wir bis in den Tag


Ich verlasse heut' dein Herz
Verlasse deine Liebe
Ich verlasse heut' dein Herz
Verlasse deine Liebe
Ich verlasse deine Tränen
Verlasse was ich hab'
Ich anbefehle heut' dein Herz
Dem Leben, der Freiheit
Und der Liebe
So bin ich ruhig
Da ich dich liebe


Im stillen
Laß ich ab von dir
Der letzte Kuß, im Geist verweht
Was du denkst bleibst du mir schuldig
Was ich fühle das verdanke ich dir
Ich danke dir für all die Liebe
Ich danke dir in Ewigkeit


Ich verlasse heut' dein Herz
Verlasse deine Liebe


Ich verlasse dein Herz
Dein Leben, deine Küße
Deine Wärme, deine Nähe
Deine Zärtlichkeit


Ich verlasse heut' dein herz


Ich verlasse heut' dein herz


Ich verlasse heut' dein herz


Eu Abandonei Hoje Seu Coração

Eu abandonei hoje seu coração
Abandonei sua proximidade
O abrigo de seus braços
O calor de sua pele
Como crianças que uma vez nós fomos
Apostando, noite por noite
Dedicado para o espelho
Dançando através do dia


Eu abandonei hoje seu coração
Abandonei seu amor
Eu abandonei hoje seu coração
Abandonei seu amor
Abandonei suas lágrimas
Abandono é o que eu tenho
Eu glorifiquei hoje seu coração
Para vida, para liberdade
E para o amor
Desta forma eu estou calmo
Porque eu amo você!


Silenciosamente
Eu tiro férias de você
O último beijo, perdido na mente
O que for que você esteja pensando, eu nunca saberei
Eu agradeço você pelo o que eu estou sentindo
Eu te agradeço por todo amor
Eu te agradeço para sempre


Eu abandonei hoje seu coração
Abandonei seu amor


Eu abandonei hoje seu coração
Sua vida seus beijos
Seu calor sua proximidade
Sua delicadeza


Eu abandonei hoje seu coração

Eu abandonei hoje seu coração

Eu abandonei hoje seu coração

http://www.youtube.com/watch?v=HzJti2iz9C4

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Reissende Blicke - Lacrimosa


Reissende Blicke

Lacrimosa
Composição: Tilo Wolff

Ich sitze im Kino meines Lebens
Alle Plätze sind belegt
Mein Platz ist nur ein Notsitz
Zuviele Menschen sind heute hier
Das Licht geht aus - der Film beginnt
Erinnerungen steigen wieder auf
Lägst Vergangenes wird wieder Gegenwart
Ein fremdes Ich glotzt mir ins Gesicht
Ich blicke in die Menge
Das ganze Kino lacht
Ein kräppel treibt in den Fluten
Mir wird schlecht
Ich schöme mich

Ein von gestern geprätes Heute
Ich erinnere mich an damals
Die Frage um Leben und Tod
Heute weiss ich die Antwort
Damals nicht - Ich habe falsch entschieden
Und wieder lachte das Kino
Ich stehe auf und störze in Haus
Ich muss mich übergeben
Der Hass schlägt auf

Werden sie mich im Licht erkennen ?
Werden sie auch dann noch lachen ?
Wieso gehen sie nicht alle nach Hause ?
Es ist doch nur mein ganz privates Leben
Ich komme zuruck, mein Platz ist besetzt
Ich setze mich still auf den Boden
Ich will schliesslich sehen, was mit mir passiert
Ich kenne meinen Sinn noch nicht

Ich hoffe nur, ich sterbe rasch
Damit ich die Demut nicht mehr ertragen muss
Es tut mir leid, wenn mein Leben jemanden störte
Doch gab es einen Film, den sie mochten
Der Film zeigt meinen Tod
Endlich darf auch ich mal lachen
Doch tausend Augen drehen sich herum
Und blicken mir entsetzt entgegen


Essa música descreve muitos momentos em minha vida.. o que não é exatamente bom, se virem a letra...

http://www.youtube.com/watch?v=f9IXLTlMZpU

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O show do Lacrimosa



Perfeito!
Não dá pra falar outra coisa senão isso: o show foi perfeito! Absolutamente incrível!
Estou até agora, e continuarei ainda por muito tempo, encantada com o que vi terça-feira, no carioca club.
Eles são de um carisma e de um talento impressionantes.
Foi MUITO bom poder ver mais esse show deles e espero poder ver muitos outros nos próximos anos porque o fato é que o Lacrimosa nunca deixará de ser parte da minha vida!! Nunca.
Amo essa banda, sou até meio imbecil por causa dela, de tão tiete.. hehe
Mas fazer o que né?
Vale muito a pena gostar de algo que nos faz bem, e o Lacrimosa só me faz bem, desde sempre, desde o começo até o fim.
Não tenho do que reclamar.
E eles são tão fofos e queridos que até autógrafos eles distribuíram, antes de deixar o local do show, para aqueles fans resistentes e chatos que ficaram, como eu fiquei, até às 2hs da manhã na porta da casa de show, esperando-os sair..
Eles são muito educados, atenciosos, gentis. A Anne é uma deusa, linda e doce. O Tilo é de uma majestade que me deixa boquiaberta, como ele é charmoso e elegante! Sem palavras. Cada vez mais eu me apaixono por esses dois!
Pena que eu não levei máquina e não tirei fotos, mas estou pegando fotos do pessoal no orkut.. e vídeos também. :D

pedacinho do show:
http://www.youtube.com/watch?v=8HxtIIBIxTo

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Caindo a ficha...




Esse post será breve, é só para falar que agora está caindo a ficha de que, em poucos dias, eu irei ver um show do Lacrimosa, de novo.. o meu terceiro :D
Nos outros dois, tive muita sorte, a ponto de pegar autógrafo no primeiro e de ir pro camarim da banda, no segundo.. acho que agora não terei tanta sorte assim, mas só de revê-los já estou hiper mega ultra feliz :D
Nem creio hehehehe
Achei alguns videos de apresentações recentes deles.. a qualidade não tá lá aquelas coisas, mas foram esses videos que me ajudaram a "cair a ficha".
Estou tão feliz por isso!!
Quem me conhece sabe o que essa banda significa pra mim!


http://www.youtube.com/watch?v=dtPc4vUiQYc

http://www.youtube.com/watch?v=dGFMLWzU1zg&feature=fvst

http://www.youtube.com/watch?v=PkHDw-3p1xc&feature=fvst

sábado, 4 de setembro de 2010

Via de regra, eu só escrevo aqui quando algo me perturba tanto a ponto de eu precisar expressar em palavras o que me angustia.
É o caso agora.. estou na casa da minha mãe e é para cá que irei voltar em breve. E isso me assusta. Pode até ser a coisa certa devido às circunstâncias e perspectivas da minha vida em SP atualmente, mas, ao mesmo tempo, é assustador.
Pelo menos a mim, aterroriza a ideia de chegar aos 30, como cheguei, e ver que nada deu realmente certo. O pior é não ter mais a idade para continuar cometendo erros impunimente.. meus equívocos passados, minha imaturidade e decisões atrapalhadas me trouxeram ao buraco de hoje.. e o pior é que sei que, para sair dele agora, as decisões precisarão ser muito certas. E ai? Será que é possível acertar depois de quase uma vida inteira errando?
Às vezes, as pessoas me falam que eu não quero envelhecer ou, ainda, crescer. Poderia ser mais óbvio? É claro que eu não quero! E para que iria querer? Hoje já existem rugas na minha testa que até pouco tempo não existiam.. e sinceramente isso não é um bom sinal, pelo menos eu não acho que o seja.. eu nunca quis envelhecer, nunca me vi aos 30.. muito menos aos 40. Sei que boas coisas vêm com o tempo, mas muitas ruins também vêm. Não sei se é excesso de pessimismo, mas eu realmente acho que esse é o princípio da decadência. Nada vai ser tão simples quanto parecia ser antigamente.
Será que agora eu estou tomando a decisão correta? Será que, de novo, não estou metendo os pés pelas mãos? Eu só sei que o pior seria não agir. Ficar na inércia, na situação em que me encontro, seria letal, mais letal do que errar tentando.
Que coisa, por que a gente tem tantas ilusões quando é mais novo? Por que a gente acha que será tão fácil e que no final tudo dará certo? Eu realmente gostaria de acreditar nisso, mas é difícil. Sei que poderia ser pior, sempre pode piorar, afinal de contas, mas isso não chega a ser exatamente consolador.
E agora? O que fazer?
A pior merda é crescer.
Espero não estar me vendo, ao olhar algumas pessoas que atualmente me cercam. Seria ainda mais assustador. Que medo do porvir. Que medo do que eu ainda plantarei para o meu futuro. É aterrador.
E agora? O que eu posso esperar de mim?

terça-feira, 31 de agosto de 2010



vocês conhecem o esgotamento? no caso, esgotamento emocional e mental.. é isso que tenho sentido de um mês para cá. mas chega uma hora em que todo mundo cansa. cansa de tentar colocar um sentido nas coisas, cansa de esperar que tudo seja como deveria ser e não como é, de fato. e eu estou cansada. estou cansada dessa vida a qual me impus.. dessa espera nem sempre silenciosa, porém constante, por algo que desejo mas que não é e que talvez nunca seja o que deveria ser, ou melhor, o que eu tanto desejaria que fosse.
para muitas pessoas, isso pode não estar fazendo o menor sentido. mas o faz para mim. e eu estou cansada. cansada desse lance meio estranho e caótico que se tornou minha vida nos últimos tempos.
não preciso ficar me submetendo ao que não me faz bem, não é? então basta que eu pare de me submeter e que deixe, que largue e que veja no que dará.
é o famoso "esperar pra ver".. como dizem, o que tiver que ser, será. eu só não sei se o que virá a ser é o que eu gostaria que fosse.
o melhor mesmo, em casos de plena confusão como esse, é manter distância e afastamento daquilo que só confunde e machuca, pelo menos enquanto só confundir e machucar. e tocar a vida, para onde ela levar.
dane-se o mundo. porque eu cansei. porque eu estou extremamente cansada. alguém arranca fora meu coração e meu cérebro, porque eu já não sei o que fazer com eles.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010



Absolute Beginners

I've nothing much to offer
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
And I'm absolutely sane


As long as we're together
The rest can go to Hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same


If our love song
Could fly over mountains
Could laugh at the ocean
Just like the films


There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true


Nothing much could happen
Nothing we can't shake
Oh we're absolute beginners
With nothing much at stake


As long as you're still smiling
There's nothing more I need
I absolutely love you
But we're absolute beginners
But if my love is your love
We're certain to succeed


If our love song
Could fly over mountains
Sail over heartaches
Just like the films


There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true

Bowie

domingo, 22 de agosto de 2010

"Ouça: respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que
imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você
mesma - é esse seu único meio de viver. Juro por Deus que, se houvesse
um céu, uma pessoa que se sacrificou por covardia ia ser punida e iria
para um inferno qualquer. Se é que uma vida morna não é ser punida por
essa mesma mornidão. Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe
pertence é tudo o que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é
verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma."

(Clarice Lispector)


A Clarice está tão certa e eu tenho escolhido um caminho tão errado que me assusta.
POEMA EM LINHA RETA

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.


Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa)

... porque ninguém conseguiu ser mais lúcido e poético do que ele nessa constatação...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Copycat - Lacrimosa

Come a little bit closer
And hear what I've got to say
Burning words of anger
Of hate and desperation

What if I break the silence?
What if I do forgive the past?

I know it might sound funny
To tell you what I felt
I mean I really loved you
It's a shame - my fault - I know
But why - but why
Why are you so stupid?
But why - but why
Why are you so stupid?

Fuck you and your killing lies
I hate your pissing attitude
Why did you have to go so low
Trueler - Copycat

What if I break the silence?
What if I do forgive the past?

Sucking like a vampire
The blood of all your friends
But sorry, my blood was poisoned
Now burn in hell

You killed the love
You killed the trust

Know die. Sucker. Die!!!

What if I break the silence
What if I do forgive the past?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

às vezes, eu me lembro de que esse blog existe.
dias desses, inclusive, eu me lembrei disso, semana passada, acho, enquanto ia ao trabalho, descendo a rua do bosque, na USP.. olhava o sol sob a copa das árvores, a inclinação dos raios e o efeito meio poético que aquilo gerava, e pensava em como seria bom se algum pintor impressionista capturasse aquele momento, naquela paisagem..
mas ai chego ao trabalho e é todo dia a mesma coisa.. e a poesia e a beleza do mundo acabam se perdendo em meio às notas fiscais, à bur(r)ocracia, ao tédio, à perfeita estupidez e mediocridade.. então eu volto vazia para casa, esperando por um milagre semelhante ao da manhã anterior (no dia seguinte).. e assim sigo. até quando eu não sei.. tb não sei o porquê de estar escrevendo isso.. só lembro de que me lembrei de que às vezes me lembro de que esse blog existe. e ai.. deu nisso :P

sábado, 19 de junho de 2010

Datação de amigos...

O pessoal acha engraçado a forma como eu "dato" as minhas amizades.. é mais ou menos assim: tirando o pessoal que, eventualmente, eu conheço logo pessoalmente, como os amigos e colegas de escola e de faculdade, o restante são tudo amigos que, em primeiro plano, estão no mundo virtual.. hehe
Então fica dividido da seguinte forma: tem os amigos mais antigos, da época do mirc/icq, coisa lá dos idos de 97... ai depois vieram os amigos do msn, que só surgiram com a ajudinha do orkut, já que o msn, por si só, não ajuda a "conhecer" muita gente nova :P
Mas pra ser bem sincera, não se faz mais programa de relacionamento como antigamente.. depois do mirc ficou dificil fazer alguma amizade no mundo virtual hehehe
Por sinal, essa constatação é bem triste e deprimente.. afinal, para eu sentir a diferença, o unico motivo óbvio é eu não ter uma vida social "real" muito agitada... ô tristeza hein?? hehehe
Eu deveria fazer uma campanha pela volta do uso do MIRC, afinal, meus melhores amigos "virtuais" (que hoje já não são apenas virtuais, é claro) surgiram nessa época.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Post da Dea

Estou copiando esse texto do blog da Dea.. copio porque ela foi capaz de dizer muito bem aquilo que eu também penso.. acho que não conseguiria me expressar melhor :)


SEMPRE AO SEU LADO
Estirada em minha cama, olhando o teto em mais um fim de noite em que eu curiosamente reluto em não dormir, penso no que já fiz, no que ando fazendo e em tudo que ainda posso vir a concretizar. Não estou falando de planos e sonhos, falo de coisas que acontecem e não nos damos conta da importância em nossas vidas.
Ver um filme e receber um sorriso verdadeiro de um estranho que nunca tinha visto, hoje me fez sorrir e pensar coisas que não penso há muito tempo, uma pessoa que amo e briguei só pelo apelo da rotina que por muitas vezes nos tornam rudes (essa armadilha que nos leva a pensar que todos estarão sempre), me fez refletir sobre a minha condição de viver.
Fiquei pensando em quanto tempo se gasta em trabalhos, projetos para o amanhã e nos esquecemos de realmente viver, realmente amar, realmente querer, quem interessa e importa na vida.O egoísmo e essa ideia de que viveremos para sempre, de que todos que nos cercam também viverão para sempre, creio que é isso que nos faz ter esse comportamento.
Quantas vezes deixamos para depois aquela visita, aquele sorriso, o bom dia caloroso ou um olhar de apoio?
Esquecemos de ser gentis, de abraçar, sorrir, pedir desculpas verdadeiras. Amar é um exercício, viver é um exercício que precisamos realizar com uma verdade que por muitas vezes falta. Ame de verdade, pois sempre existe quem nos ame e ficarão felizes por ter esse amor correspondido seria bom ouvir e dizer: Estarei sempre ao seu lado e ao lado é estar presente de alguma forma, respeitar, cada ser em sua infinita capacidade única de viver,em sua complexidade ou simplicidade, é ser leal e compartilhar coisas simples da vida. Ame, conselho de quem já deixou passar grandes e pequenas oportunidades.
Só para ilustrar o que digo mais um pouco, eu tinha um gatinho persa que se chamava Junior, muito carinhoso que sempre estava ao meu lado, fazendo companhia, me alegrando o dia com suas brincadeiras, sem sorte sofreu ao longo da vida diversos acidentes: um cachorro quase o matou, um tumor, foi atropelado, ele gastou quase todas as suas vidas. Quando só restava uma eu precisei viajar e fiquei um mês fora. Ele sentou a porta de casa esperando a minha volta. Não se alimentava e um dia depois que cheguei,estando ele muito debilitado pela espera morreu de saudades.Até hoje ainda tenho um pouco de remorso por não ter dado valor a esse amor, assim como tantos outros ao longo da minha vida que não tive tempo de dizer.


http://deaeomundo.blogspot.com/2010/06/sempre-ao-seu-lado-2009-trailer-oficial.html

terça-feira, 1 de junho de 2010

A propaganda é a alma do negócio

Pois é, meus caros... depois de muita relutância, devo admitir ser verdade algo que sempre ouvi e que, sempre também, recusei-me a acreditar.. Infelizmente: a propaganda é a alma do negócio.
Por exemplo, com uma boa autopropaganda, qualquer varapau vira diva.. Não importa nem se a propaganda é enganosa ou não.. o fato é que todos compram o que se vende, ou melhor, o que se vende BEM.
Não importa se o seu produto é melhor do que o do concorrente: se você não é bom propagandista, paciência, ninguém vai reconhecer o seu como sendo algo que vale a pena comprar.
Acho que é meio óbvio que a propaganda, compra e venda aqui, não se trata, apenas, de bens materiais. Sua imagem também precisa ser bem vendida. Do contrário, esqueça. Se alguém comprar, ainda é capaz de devolver com reclamações. Essa é a triste realidade da evolução histórica capitalista.. tudo virou comércio.. então, o que de melhor podemos fazer, é aprender a vender bem. Se a qualidade é garantida ou não, são outros quinhentos que nem chegam a contar para a maioria das pessoas.. porque, não se esqueça também, via de regra, sempre aparece um "produto melhor" no mercado. ;)

domingo, 23 de maio de 2010

O tempo passa...


Sabem, acabei de perceber que cheguei em um momento um tanto crucial... às vezes, a gente tenta insistir em coisas que achamos poder nos fazer bem, e acabamos indo atrás demais, acabamos nos rebaixando demais.. acabamos nos entregando demais.. e, do outro lado, não vemos retorno, não vemos sequer um sinal de fumaça.. e é por isso que estou passando.

Eu sei que tudo ocorre, via de regra, da melhor forma no melhor dos mundos possíveis ne? Mas no meu mundo real, as coisas, frequentemente, saem dos eixos. E eu caio, mas, pelo menos, estou levantando mais rápido.

O duro, de verdade, é nos convencermos que nada depende apenas de nós mesmos.. muito menos no q tange a relacionamentos. Não há como se relacionar sem reciprocidade.. e é isso que eu preciso entender.. não basta eu querer, não basta eu me abaixar e quase implorar.. não adianta. Pra que?

Minha autoestima já foi desgastada demais.. pelos outros e, pior ainda, por mim mesma. E, no fundo, eu sei que não mereço passar por nada disso. Eu me conheço e sei do meu real valor. Não por me achar melhor do que as outras pessoas, mas por simplesmente saber quem eu sou.. e, por mais que eu me esqueça de mim quase o tempo todo, eu sei que isso pode mudar.. eu sei que vai exigir esforço da minha parte, mas eu posso recuperar meu amor próprio.

Não que agora vá ser mais fácil, não que eu não vá sofrer nem chorar.. não que eu não vá me sentir só e infeliz. Mas eu estarei passando por tudo isso da melhor forma possível.

No final das contas, como dizem, o tempo cura tudo, o tempo resolve tudo.. claro que com a nossa ajuda também. E o tempo passa, pra todo mundo que vive.. passa pra mim, passa pra vc.. passa pra ele.

E, com esse passar, vai saber o que nos espera.

segunda-feira, 17 de maio de 2010


Pois é... fiquei uns bons meses sem escrever aqui. Minha vida, nesses meses, mudou bastante. Mudei de cidade, mudei de emprego, comecei a namorar... e terminou... E agora eu estou completamente sem saber o que fazer dessa minha vida. Se fico onde estou, se volto pra "casa", se tento outro lugar.. se faço isso prestando concursos, se procuro uma pós, se faço algum curso de alemão.. ou se não faço nada e espero o tempo passar.



Tô tão desnorteada que não sei o que fazer. Uma vida, agora sim, desprovida de algo bom, de prazeres..



Mas era de se esperar, se eu sempre vinculo minha felicidade aos meus relacionamentos e se eu aborto todos os projetos que me fariam bem, a dança, o curso de idiomas, qualquer coisa..



E agora estou aqui.. não digo sozinha porque ainda tenho amigos queridos.. mas sozinha sim, de certa forma, como todos estamos e ainda mais porque já não resta nem a ilusão da companhia.



E era uma companhia que eu gostava tanto. Só que não basta eu gostar ne? Nenhum relacionamento é unilateral.. então de que adiantava só eu gostar? Tanto não adiantou que acabou.. e agora ficou a saudade, a falta dele, a falta de tudo o que se relacionava a ele e ao nosso namoro. E ficaram as boas lembranças, claro... e são essas inúmeras boas lembranças que fazem as coisas serem ainda mais difíceis agora que acabaram.



O que eu faço de mim agora? Será que um dia eu aprenderei a viver por mim mesma? Sem depender de quem está ou não ao meu lado?



Eu sei que, agora, eu só queria hibernar. E queria que as coisas se resolvessem por si só, sem que eu precisasse decidir nada, nem fazer nada...



Enquanto isso meu coração está calado, dolorido e triste.. felizmente até isso, um dia, passa.



quinta-feira, 4 de março de 2010

Porque ele é perfeito, de fato!

"É isso o que mais me surpreende em Van Gogh, o mais pintor de todos os pintores e aquele que, sem afastar-se do que chamamos de pintura, sem sair dos limites do tubo, do pincel, do enquadramento do tema e da tela, sem recorrer à anedota, ao relato, ao drama, à profusa ação de imagens, à beleza intrínseca do assunto, conseguiu imbuir a natureza e os objetos de tamanha paixão que qualquer conto fabuloso de Edgar Poe, Herman Melville, Nathanael Haworthone, Gérard de Nerval, Achim von Arnim ou Hoffmann em nada superam, no plano psicológico e dramático, suas modestas telas, telas que, por outro lado, são quase todas de reduzidas dimensões, como se respondessem a um propósito deliberado... Pois, Van Gogh era uma sensibilidade terrível."

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

CAOS

Minha vida anda um caos tão grande, desde que me mudei para SP, que mal consigo raciocinar, quanto mais escrever aqui... se bem que, vira e mexe, pego-me pensando em algumas coisas sobre as quais queria escrever... geralmente revoltas contra a falta de respeito, civilidade, educação das pessoas, de forma geral... ou sobre outros tantos assuntos.. mas deixa isso pra lá né. Espero, em breve, ter condições de escrever aqui de novo... pelo menos um tiquinho ne.
Auf Wiedersehen.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Bambi
Nathan

Snoopy


acabei de assistir marley e eu. não é um bom momento para assistir esse filme.
sinto tanta falta do noopy. parte o coração lembrar de como ele estava quando eu cheguei de SP. ele estava sofrendo tanto. mas eu sinto tanta falta dele. queria que ele estivesse vivo e bem, saudável.
já foi tão terrível perder o bambi.. ele simplesmente fugiu, já tava tão velhinho, cego, davamos remédio pro coração para ele pois ele tinha problemas cardíacos, tava surdinho.. não conseguimos achá-lo mais e naqueles dias choveu tanto, não gosto nem de pensar o que ele pode ter passado...
eu sinto tanta falta dos dois..
e agora tem o nathan.. e ele é grande, é um boxer, e já tem 9 anos... cachorros grandes não vivem muito e eu sou tão louca por ele. eu amo esse cachorro molecão e babão. não gosto nem de imaginar como vai ser quando ele também for embora.
eu sinto tanta falta do noopy e do bambi. queria que o nathan vivesse para sempre.
que merda meu.
que outro ser vivo é capaz de esperar por você quando está morrendo? quando nem se mexe de dor? esperar por você para, então, morrer? eu não conheço muitos seres vivos capazes de amor incondicional como eles. talvez outros animais sejam capazes.. não o ser humano, mas os animais "irracionais", esses que as pessoas costumam comer por ai.. engraçado né?
merda de mundo. :(

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

adeus meu pequeno


noopy
obrigada por tudo, obrigada por ter sido tão bondoso até o último minuto. obrigada por ter feito parte de nossas vidas, obrigada por ter sido tão forte, obrigada por ter sido tão carinhoso.
me desculpa por todas as vezes que me irritei com vc. sei que foram muitas. me desculpa por nao ter dado toda a atençao q vc merecia.
eu te agradeço por ter esperado a gente chegar e por ter ido sem q a gente precisasse fazer algo mais drástico.. foram minutos.
foi tao triste ver vc do modo como vc tava qdo a gente chegou de viagem. vc devia estar com tanta dor, nem conseguia se mexer, a mandibula travada de tensao, o olhar vidrado, mal piscava. foi o tempo de te levarmos pro veterinario, vc ainda chorou na porta da clinica, ai logo em seguida, ja na mesa, vc convulsionou e morreu antes de aplicarem o diazepam.
tadinho preto. vou sentir tanto a sua falta.
foram 16 anos meu.. vc tava tao velhinho. foram 10 anos doente, cada vez com mais dificuldades, mas vc continuou bondoso e carinhoso. sempre pedindo atenção e afeto.
tantas vezes eu me irritei com seu choro durante o dia e a noite toda. mas vc aguentou firme e foi bondoso ate na sua morte.
nao sei o que dizer. nao existem muitos seres vivos como vc.
seu amor era incondicional, era inteiro.
vc foi foda meu.
vou sentir tanto a sua falta!
tá foda viu.
te amo muito meu preto.
saudades imensas ja.
agora o nathan ficou sozinho. ele vai sentir sua falta tb. todo mundo vai.
obrigada, obrigada de verdade.
te amo demais
muito muito muito mesmo
te amo
descansa meu lindo
fica em paz.

23/12/93 - 13/01/2010