domingo, 21 de junho de 2009

Minhas primeiras impressões de Os Sonhadores











São 3 horas da manhã, madrugada de domingo para segunda.




Eu ia deixar para escrever ao acordar, mas a cena final, ou melhor, a música final, fez-me vencer o sono e o bom senso que me diz já estar tarde.. talvez, muito tarde para a classe operária que não vai ao paraíso.




Acabei, nesse quase instante, de assistir "Os Sonhadores" do Bertolucci.




O que me fez vir aqui, agora, e não ao acordar, foi o final... embora o filme todo seja perfeito. Uma verdadeira obra prima sobre amor, fidelidade, compreensão, incompreensão, uma ode ao cinema, uma ode à Arte.




Eu já comecei apaixonada pelo filme. Um filme para amantes do cinema, um filme de amantes do cinema. O tempo todo remissões a grandes obras da Sétima Arte.. o tempo todo: Garbo, Chaplin, Godard, Truffaut...




Fez-me descobrir que a Cinémathèque Française é em um palácio... não sabia. O filme praticamente começa com a seguinte frase "só os franceses para fazerem um teatro em um palácio".. de fato, só eles. E só um gênio do cinema, como o Bertolucci, para fazer um filme perfeito.




A seguir, vem uma cena belíssima da Eva Green, parecendo uma musa francesa (acho que ela já o é), "amarrada" a uma grade, durante manifestações contra a demissão de Langlois, fundador da Cinémathèque, pelo governo francês pré 68... e, a partir, dai são sequências belíssimas, fotografias belíssimas, remissões a clássicos, interpretações perfeitas dos três atores principais, especialmente a Eva Green, linda, encantadora.




Em certo momento do filme, o espectador começa a pensar, maliciosamente, sugerido por certos indícios, que os dois personagens irmãos mantêm uma relação incestuosa.. esse pensamento é "confirmado" pela visão do outro personagem, amigo dos irmãos, que vai se hospedar na casa deles (um moço americano que fora estudar em Paris)... convencemo-nos de que isso é fato para, depois, percebermos que não o é.. ela era virgem, apesar de toda a aparência de boemia francesa.




É muito interessante como eu me vi "pega no ato", pega em flagrante diante dos meus pre-julgamentos.. foi engraçado, um leve esbofetear nos preconceitos imbutidos, contra os quais luto tanto. Mas, depois, percebe-se que a relação entre os irmãos gêmeos, um homem e uma mulher, é bem mais complexa, envolve amor, comprometimento, afinidade, cumplicidade, sintonia e uma absoluta dependência. Eles mesmos dizem que são duas metades de uma mesma pessoa. Eles não o percebem, mas claro que isso não é saudável (será?) e o amigo do casal de irmãos, que por sua vez se enamora da moça, o diz algumas vezes.. mas a verdade é sempre dolorida.




É contrastante: os irmãos franceses são a Emoção, a Intelectualidade, o Idealismo, a Utopia; o americano é a Inteligência racional, a Lucidez, a Razão do trio, é a voz da Consciência e do Bom Senso. A voz indesejada aos Sonhadores.




O filme é belo.




Mas, como disse, o que me fez escrever aqui foi o final.




O confronto entre os manifestantes e a polícia francesa termina com a imagem dos irmãos indo de encontro à tropa e lançando um coquetel molotov contra os políciais, enquanto esses correm em direção aos manifestantes, com suas armas e escudos em mãos (escudos ficou medieval não? batalhas são antigas, de fato). Mas o que tocou minha sensibilidade foi a música.. a tomada final começa com os acordes inesquecíveis de Non Je ne regrette rien. Eu identifiquei logo na primeira nota. Essa música e a Piaf têm uma história para mim, embora isso já não importe, o que importa é que eu amo essa música e amo a Piaf, ela é magnífica. E quando ela começa a cantar... nossa, eu senti meus olhos marejarem. Foi inesperado e belo. Foi o final perfeito, com a música perfeita, da melhor cantora francesa de todos os tempos, para um filme perfeito.
Belíssimo.




Perfeito.




Bela filosofia egoísta e racionalista hehe... mas tô concordando com ela nos últimos tempos.

Cowboy Fora Da Lei

Composição: Cláudio Roberto / Raul Seixas

Mamãe, não quero ser prefeito
Pode ser que eu seja eleito
E alguém pode querer me assassinar
Eu não preciso ler jornais
Mentir sozinho eu sou capaz
Não quero ir de encontro ao azar
Papai não quero provar nada
Eu já servi à Pátria amada
E todo mundo cobra minha luz
Oh, coitado, foi tão cedo
Deus me livre, eu tenho medo
Morrer dependurado numa cruz
Eu não sou besta pra tirar onda de herói
Sou vacinado, eu sou cowboy
Cowboy fora da lei
Durango Kid só existe no gibi
E quem quiser que fique aqui
Entrar pra historia é com vocês!

Gothic Bellydance

Estou apaixonada. Como elas dançam maravilhosamente, como é perfeito! Quem dera, um dia, dançar assim, minimamente que seja...


É uma mistura de tudo o que eu gosto. É perfeito.


Eu sempre achei que fosse adorar Flamenco (e ainda acho), mas, ontem, descobri a dança que quero aprender e é essa.


Eu nunca vi a dança como uma esporte, pelo contrário, eu a considero uma forma de Arte, a Arte do corpo, por essência. Copiando o post de uma amiga querida, a Dança é a linguagem oculta da Alma. Não sei onde ela leu isso, mas acho que é isso mesmo. Pelo menos, é uma das linguagens da Alma.


É a Arte expressa fisicamente, através do corpo.


Eu, desde muito, sinto a necessidade de me expressar artisticamente. Sempre pensei em escrever, pintar ou tocar... algumas dessas coisas, até já tentei. Mas agora eu sinto a necessidade de fazer meu corpo se expressar artisticamente e vou por esse caminho.


Claro que vou começar de um jeito tosco, visto ser tudo novo. Porém, o importante não é ser lindo (embora eu bem que desejasse isso, mas poder "falar", mesmo que em murmúrios, balbuciando palavrinhas desconexas a principio, aprendendo, aos poucos, a construir pequenas frases e, depois, talvez, escrever um parágrafo, quem sabe, um dia, chegar a um texto - é, não tem jeito, escrever é bem mais minha praia, até me utilizo disso como figura metafórica, mas, enfim, preciso me expressar de outras formas, menos intelectuais, mais instintivas, corporais, emotivas..).. (voltando, porque fiz um pequeno grande parêntese), o importante não é dançar belamente, mas dançar. Pura e simplesmente dançar. Como for, bem ou mal, melhor ou pior.. mas dançar. Expressar-me. Fazer meu corpo falar, desabafar o que ele mantém calado, soltar-me, sublimar-me.. Isso é importante, pelo menos para mim, e espero não desistir, agora que vislumbrei o caminho.


E qual a melhor forma para me expressar, dançando, que não por essa dança em específico (sem desconsiderar todas as outras que acho lindas e que gostaria de aprender também)? Ela tem tudo o que faz parte de mim.. tudo com o que me identifico, ou, pelo menos, as coisas que me são mais importantes.


Reachei minha tribo.





Abaixo, a Sashi dançando.

http://www.youtube.com/watch?v=F1UwJH8L8HE

Sem Fantasia

Estranho, mas acabei de "descobrir" essa música entre as minhas MP3.. e gostei. Gostei muito.

Sem Fantasia

Composição: Chico Buarque
Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perde-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu
Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus

terça-feira, 9 de junho de 2009

mein Gott!!

Quando se esgotam as palavras, a violência ganha forma.
Como falar com os "surdos"??

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Acho que o problema é a intensidade.

Bertold Brecht

Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis


A Exceção e a Regra
Estranhem o que não for estranho.
Tomem por inexplicável o habitual.
Sintam-se perplexos ante o cotidiano.
Tratem de achar um remédio para o abuso
Mas não se esqueçam de que o abuso é sempre a regra.
Eu não acredito na Justiça;
Eu não acredito na Religião;
Eu não acredito na Política;
Eu não acredito nas Instituições;
Eu não acredito no Bom Senso;
Eu não acredito no Homem;
Eu não acredito em Deuses;
Eu não acredito na Bondade;
Eu não acredito em mim;
Eu não acredito em ti;
Eu só acredito na Arte.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Se pirar, não piro sozinha

Já não é a primeira vez que me dizem que eu deveria escrever. Na verdade, já é a segunda pessoa que me diz isso, assim, do nada. Dizem que eu poderia ser um boa escritora... sinceramente, não consigo entender o porquê.
Bom escritor é o Dostoievski... o Kafka... sei lá, algum desses gênios da Humanidade.
É, acho que principalmente o Dostoievski.
Hoje, li Sonho de um homem ridículo. Ontem, li A Dócil. Foram as minhas primeiras leituras das obras dele depois de anos.. a única obra que havia lido foi Memórias do Subsolo e me lembro pouco dela.. mas lembro que tentei ler Crime e Castigo, mas não fui adiante. Pra ser honesta, sempre tive alguns receios na vida... Literatura Russa e Filosofia eram os principais. Sempre achei, ambos, muito difíceis para mim.. não que eu me ache burra, o fato é que os acho fenomenais.
Não toda a filosofia já feita, mas, via de regra, a maior parte dela. Acho o ato de filosofar algo complexo. Acho complexo compreender muitas das coisas que foram pensadas e, ainda mais, entender a forma como foram pensadas.
Já a Literatura Russa sempre me foi muito densa.
Acho que, de certa forma, não me considero à altura de ambos.. da Filosofia e da Literatura Russa.. são algo como um objeto idílico, muito contemplado e adorado, admirado, mas temido e, quase sempre, percebido e sentido como inacessível.
No entanto, esse ano estou enfretando esses meus dois objetos de adoração, não enfrentando no sentido de os combater, mas de tentar aproximá-los de mim... espero não fracassar totalmente.
Ainda são passinhos de principiante temorosa do porvir... o que será que vai acontecer?
Por exemplo, tenho que fazer um trabalho, a priori nada complexo, sobre cinema expressionista alemão. Eu mesma, inclusive, delimitei o assunto. Mas a palavra me falta, acho que mais: a idéia me falta. Estou lendo uma tese de doutorado sobre um aspecto do assunto para saber por onde começar. Parece piada né? Mas não é. Tamanha a minha insegurança. Não, tamanha a minha ignorância. Porque não os admiro apenas por sua complexidade, admiro, ambos, pela consciência da minha completa ignorância e pela minha completa incapacidade de fazer um centésimo do que já foi feito. Um centésimo já seria pretencioso: um zilionésimo.
Entretanto, que bom seria se eu fosse capaz.. não?
Ou se, pelo menos, tivesse me sido dada a dádiva do talento artístico, podia ser para a escrita, para a música, para as artes plásticas, para a representação, para a dança.. o que fosse. Ou, simplesmente, para compreender algo disso tudo. Não apenas admirar e me prostrar abobalhada perante meus ídolos.
Sim, acho que a única coisa que eu realmente admiro na humanidade é a Arte. A Arte em todas as suas formas. Aliás, incluo nessa concepção artística, também, a Filosofia. Acho que ela, nada mais é, do que a perita arte do pensar.
Mas não admiro todos os artistas. Na minha ignorância e inépcia, eu os seleciono (como se eu pudesse).. eu seleciono os que considero artistas geniais e humanos.
Aliás, o que é ser "humano"? Eu não sei.. ultimamente, tenho visto só barbarie e absurdos por ai.. não é a toa que temo me tornar cética.
Acho que eu pendo entro o ceticismo e a negação do ceticismo. Não sei se me faço entender, mas interiormente, duvido da Humanidade.. e, por outro lado, não duvido totalmente.
É como se eu relutasse em deixar de crer. Embora já não creia muito. Entende?
Algo como o último fio de esperança (ou seria der letzte Hilfschreie?).
É.. será que eu vou perder toda a esperança? Onde será que posso achar algo que me anime? Algo que me dê um pouco mais de coragem em acreditar?
Por enquanto, o pouco que acho, acho na Arte. Ela não me parece só o meio de expressar algo. Ela, muitas vezes, parece ser a própria expressão. Algumas vezes, o que é expresso, inclusive, só se torna caro e querido por ser feito artisticamente.
Eu queria ter algum talento. Mínimo que fosse. Nem que fosse um nada, um átimo.. qualquer coisa. O mínimo do mínimo. Ou o mínimo mínimo. Qualquer coisa.
Mas não tenho nada. Nada. Em absoluto. O absoluto Nada. O nada Absoluto.
Será que eu vou pirar?
Bom, se pirar, não piro sozinha. Não é mesmo?

Jasmine





































A História de Jasmine









Em 2003, a policia de Warwckshire, Inglaterra, abriu um galpão de um jardim e encontrou ali um cão choroso e encolhido. Ele havia sido trancado e abandonado no galpão. Estava sujo, desnutrido e claramente maltratado.
Num ato de bondade, a policia levou o cão para um abrigo próximo, o Nuneaton Warwickshire Wildlife Sanctuary, dirigido por um homem chamado Geoff Grewcock. Lugar este conhecido como um paraiso para animais abandonados, orfãos ou com outra qualquer necessidade.
Geoff e a equipe do Santuário trabalharam com dois objetivos: restaurar a completa saude do animal, e ganhar sua confiança.Levou varias semanas,mas finalmente os dois objetivos foram alcançados.
Deram a ela o nome de Jasmine, e começaram a pensar em encontrar para ela um lar adotivo
Mas Jasmine tinha outras ideias.
Ninguém se lembra como começou, mas ela passou a dar as boas vindas a todos animais que chegavam ao Santuário.
Não importava se era um cachorrinho, um filhote de raposa, um coelho ou qualquer outro animal perdido ou ferido. Jasmine se esgueirava para dentro da caixa ou gaiola e os recebia com uma lambida de boas vindas.
Geoff conta um dos primeiros incidentes: "Nós tinhamos dois cachorrinhos que foram abandonados numa linha de trem próxima. Um era um mestiço de Lakeland Terrier e o outro um mestiço de Jack Russel Doberman. Eles eram bem pequenos quando chegaram ao centro e Jasmine aproximou-se e abocanhou um pelo cangote e colocou-o em uma almofada. Aí ela trouxe o outro e aconchegou-se a eles, acarinhando- os"
" Mas ela é assim com todos os nossos animais, até com os coelhos. Ela os acalma e desestressa e isto os ajuda ,não só a ficarem mais próximos a ela mas também a se adaptarem ao novo ambiente"
"Ela fez o mesmo com filhotes de raposa e de texugos: ela lambe os coelhos e os porcos da Guiné e ainda deixa os pássaros empoleirarem- se em seu nariz"
Jasmine, a tímida, maltratada, pária abandonada, tornou-se a mãe substituta dos animais do Santuário, um papel para o qual ela nasceu. A lista de jovens animais dos quais ela cuidou inclui cinco filhotes de raposa, quatro filhotes de texugo, quinze galinhas, oito porcos da Guiné, dois cachorrinhos e quinze coelhos.
E um cervo montês. O pequeno Bramble, com 11 semanas de idade, foi encontrado semi-consciente em um campo. Na chegada ao Santuário, Jasmine aconchegou-se a ele para mante-lo aquecido e assumiu inteiramente o papel de mãe substituta. Jasmine cumula Bramble de afeição e não deixa que nada lhe falte.
" Eles são inseparáveis", diz Geoff. " Bramble anda entre suas pernas e eles ficam se beijando...Eles passeiam juntos pelo Santuário. É um prazer ve-los"
Jasmine continuará cuidando de Bramble até que ele possa voltar a viver na floresta.
Quando isto acontecer, Jasmine não estará sozinha. Ela estará muito ocupada distribuindo amor e carinho ao próximo orfão ou `a próxima vitima de abusos e maltratos
UM VERDADEIRO EXEMPLO DE AMOR INCONDICIONAL! VOCÊ CONHECE MUITOS SERES CAPAZES DISSO??? ... JASMINE ESTÁ AÍ PARA ENSINAR...

http://www.imagick.org.br/apres/ArtigoTextos/comportamento/jasmine.html