domingo, 22 de março de 2009

Final da primeira Meditação, Descartes

"E, assim como um escravo que gozava de uma liberdade imaginária, quando começa a suspeitar de que sua liberdade é apenas um sonho, teme ser despertado e conspira com essas ilusões agradáveis para ser mais longamente enganado, assim eu reincido insensivelmente por mim mesmo em minhas antigas opiniões e evito despertar dessa sonolência, de medo de que as vigílias laboriosas que se sucederiam à tranquilidade de tal repouso, em vez de me propiciarem alguma luz ou alguma clareza no conhecimento da verdade, não fossem suficientes para esclarecer as trevas das dificuldades que acabam de ser agitadas."

Sim, está fora do contexto. No caso do livro, é uma percepção que Descartes alcança sobre a dificuldade que será pôr em dúvida tudo aquilo que até então acreditara.
Mas se repararmos bem, a suposta verdade enunciada não é tão suposta assim... quer dizer, eu concordo com a idéia de que nos apegamos a uma falsa idéia de liberdade. Talvez por comodidade, talvez por medo, talvez por ignorância... mas, quando percebemos que nos enganamos, acabamos com receio de encarar e parar com o engano, mudando nossa forma de ser ou de agir ou de nos posicionarmos frente a nossos pensamentos.. Eu, pelo menos, reparo isso em mim e em outras pessoas.
Sei que posso estar enganada quanto a isso também, mas, ao ler essa passagem, percebi que ela ecoou em minhas idéias, porque compartilho da mesma.

PS: estou com pouquíssimo tempo para usar a net, então não estranhem minha ausência. Sempre que for possível, passarei por aqui ou pelo orkut ou pelo email (viu ogro hehe)

Um comentário:

Felipe disse...

Jojuzita, bem como tu disse, parece que faz um século que não nos falamos. :(
Como a senhorita tem estado, heim? Como estão as coisas por aí, e o curso?
Saudades tuas ogra. Obrigado pelos parabéns :D
Espero falar contigo em breve..
Beijo!