Não... não errei a forma de dispôr o texto. Estou colocando centralizado porque quero.
Antes de começar esse post, reitero minha indignação com o roubo na Pinacoteca.
Mas, enfim, não é sobre isso que eu vou postar.
Quero falar sobre algo que sinto, cada vez de forma mais intensa... Ausência física, presença e saudade.
Se a pessoa sobre quem falo ler esse texto, talvez se reconheça.... Se não ler, falei sozinha, como tenho feito, e como já supunha fazer.
É engraçado.... quando nos apaixonamos por alguém, queremos estar sempre perto da pessoa, sempre que possível pelo menos, não é? Mas, e quando esse possível é tão raro? Como lidar com a ausência fisíca; como aproveitar os raros momentos de presença intensa, maravilhosa; como lidar com a saudade?
É isso que eu me pergunto diariamente. Às vezes, quase sempre, não é muito fácil, muito menos prazeroso. Sentir falta de alguém que se ama ou por quem se está apaixonado é, basicamente, uma grande merda, para falar no linguajar certo.
Mas, pior do que sentir falta, é saber como agir diante dessa sensação, como não transformar isso em algo pior do que já é naturalmente. (eu não sou adepta da idéia de que saudade em excesso faz bem)
No meu caso, os períodos de ausência são bem maiores que as presenças físicas... por sorte, existem meios de comunicação que permitem o contato à distância, óbvio que isso está longe de ser a mesma coisa de se estar junto da pessoa. Mas, mesmo assim, tem valido a pena. A ausência é grande, claro; mas a presença é tão maravilhosa, tão intensa, tão cativante, tão meiga, tão calorosa (e caliente), tão incrivelmente "perfeita" (tá... não existe nada perfeito, mas, certas coisas, algumas coisas, podem ser "perfeitas" ao seu modo, ao seu particular modo) que toda a distância que separa e toda a ausência que machuca são pequenas, são nada.
O mais engraçado, no meu caso, é que presença e ausência estão sempre interligadas à saudade... não é bem um resultado de carência, é que eu sei que presença e ausência se sucedem de tal forma e se mesclam de tal forma que a decorrência natural é a saudade.
Eu sinto falta ainda estando junto. Sinto falta no instante da separação. Sinto falta quando converso. Sinto falta quando se está realmente distante.
Por que isso? Não... não tentem me convencer que eu sou doente ou romântica.
Quem não sente algo parecido? Ou quem já não sentiu algo semelhante?
Bom... quem não sente, nunca sentiu ou acha que não vai sentir está em maus lençóis... acho que seria uma vida bem entediante.
Estranho isso não? Vocês acham que eu iria concluir que esses três sentimentos são coisas essencialmentes ruins? Não.. pelo contrário. Acho que é normal.
Pena que eu não sou uma literata, uma escritora, uma poetisa... pena que não sei transformar isso em versos... pena que não sei escrever um conto a respeito... seria bem melhor, com certeza... isso foi, apenas, a descrição de um fato. Se foi bem ou mal feita, tanto faz.
Era só para ser feita.
Se alguém vai ler... tanto faz não. Mas o que eu posso fazer? Se alguém vai responder, tanto faz não menos ainda.... mas paciência.
Bem... vou reler e ver se vale a pena ser publicado. Já deletei o penúltimo post. Não custa deletar esse também, e substituir por outro poema bem mais interessante.
Beijos para quem lê e abraços maiores para quem responde.