sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Eu ia escrever algo aqui movida por um sentimento que me toca às vezes. Mas foi abrir o msn e levei quase uma bofetada de realidade na cara.
Perdi a vontade de escrever. Só deixo esse registro, para que principalmente eu não me esqueça.
Era sobre lirismo e sobre desejar o lirismo, o lirismo dos romances, dos que nos inspiram. Porém acabei de ter a certeza absoluta de que esse lirismo romanesco e romântico que eu desejo não condiz em absoluto com a realidade.
Eu me questionava se um dia teria o privilégio de viver um lirismo como o que desejo. Mas parece que recebi a resposta bem rápido.
O lirismo romântico, quando contrastado com a realidade do nosso mundo, parece uma aberração, de tão irreal ou surreal que é.
Acho que só existiu nas obras escritas, nos filmes feitos, na poesia, na pintura, na música. Só existiu no interior daqueles que lhe deram forma. E morreu com eles, pra renascer na imaginação, na mente ou no coração de algum outro "lunático", como eu e como os que ainda se questionam se, por mais surreal, ele não pode existir um dia, em nossas vidas.
Mas olha que engraçado... começou a tocar uma música agora mesmo que parece querer me dizer que se ele existiu nesses lugares, é porque ele deve ser o reflexo pálido de algo que alguém viu ou viveu e que conseguiu, de alguma forma, passar adiante.
Acho que, além de romântica (no sentido literário do termo), ainda sou platônica.

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